Sequelas na liberdade.

Sequelas na liberdade.

Conheço pessoas que se submetem a maus tratos e seguem a vida amarguradas, tristes e deprimidas…  Deus não quer que fiquemos quietinhos a ponto de adoecermos! Fui como essas pessoas por vinte e cinco anos! Eu não tinha voz e, então,  advoguei a minha própria causa e me libertei da opressão. É lógico que a minha liberação aconteceu, mas deixou uma enorme sequela: a depressão. Eu creio que ela persistiu, porque foram muitos anos de questionamento, inconformismo, até que tive  forças para mudar o quadro e a situação…

O que revela a nossa força não é sermos imbatíveis e sim a motivação reunida à decência, nos tempos de abuso. Ao enfrentar o meu opressor ainda tinha medo e sofria, mas tive coragem, para confrontá-lo… quando o fiz, não dei mais conta de ser quem fora! Minha vontade de viver foi bem maior que o meu medo! E mesmo que eu tenha perdido anos preciosos morrendo um pouco todos os dias, venci! Venci, em meio a muitas brigas e ofensas, mas a libertação veio e tomou o seu lugar na minha vida!

Hoje, acho que sou vitoriosa; ainda tenho uma resposta pronta na ponta da língua (quem vive de agressões, aprende um dia a ser agressivo) para cada um que tenta me atingir! Porém, é minha opção usar a minha sensibilidade, para dizer uma palavra de afirmação para o outro! Uso as memórias dolorosas, para dizer ao mundo que precisamos e somos capazes de mudar.
Se eu mudei, por que você não pode mudar?

Quanto à depressão sinto profunda tristeza, mas espero que ela tenha ido embora, na nova fase de vida que tenho hoje!

Eu tenho o meu jeito de ser, mas ninguém me atropela mais… Ter propósitos pode nos ajudar a olhar além! Sempre suportei  tudo, com um sorriso nos lábios, mas por dentro morria… De repente, entendi que o  meu sorriso era bonito e verdadeiro, mas o morrer por dentro não! Era a minha essência, a minha alma se aniquilando e o meu espírito se abatendo! Decidi que era tempo de transformações! Parei de aceitar que me machucassem!
Quando tomamos decisão, paramos de sofrer. Ouse, vença, também!

Regina.

Belo Horizonte, 06 de novembro de 2018.

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