Contemplando a paz…
Viver no passado é minar o futuro! Uma vez entendida a profundidade de se libertar do tempo passado, voltar nele só faz sentido e é favorável, para relembrar o que de bom e positivo nos marcou. Desta maneira, perder o medo de viver intensa e inteligentemente, é questão de tempo!
Do passado mantenho meu humor, meu imenso desejo de prosseguir firmada na Rocha, minhas maravilhosas porções de amor, acolhendo e sendo acolhida, trabalhando na construção do que conquistei. Cerco isto, com muros intransponíveis na manutenção do afeto. Ainda sobre meus saltos, hoje não mais tão altos, caminho e olho de frente para o que passei, no amadurecimento que isto me proporcionou e contemplo paz! Meu olhar se encontra num presente que me fala de futuro.
Tenho certeza que não há mais tempo, para buscas insanas e nem existem fontes de juventude que me tragam o frescor dos anos vividos. Juventude é estado de espírito e, embora possa não acontecer em termos físicos, na maturidade há uma fonte inesgotável a me trazer o agradável desejo de continuar. Uma bem humorada maneira de mostrar que pouco me importa as coisas ligadas às belas aparências quando sabemos que nossas conquistas já se realizaram e que o sonho permeia a vida, com alegria e, sem preocupações exageradas; assim, somos mais felizes. O declínio só existe para quem não ousa ou não sabe tomar decisões, pois algumas com o passar dos anos, se tornam inadiáveis!
Eu continuo a mesma, mas algo no profundo do coração anseia dentro da alma que é jovem, porque o espírito está pronto e deseja ansiosamente mais sabedoria para driblar o mau e o que dói. De inconsistências não preciso mais! Ainda sobre meus saltos, hoje não mais tão altos, somente sossego e desejo de calmaria…
Regina.
Leiria, 11 de janeiro de 2019.
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