Só depende de nós!
Ser mãe, muitas vezes, pode ser complicado demais. Mães deveriam saber se retirar da vida de seus filhos, no momento em que seu papel junto a eles termina. Filhos deveriam durar junto a nós apenas o tempo suficiente, para se tornarem independentes! É preciso cessar o pensamento inquietante de que, quando os filhos crescem, se esquecem de quem fomos ou fizemos, por eles! Fizemos o que tinha que ser feito, no curso natural das coisas!
Ouvi, recentemente, uma frase dita por um filho à sua mãe e a mesma, num primeiro instante me deixou chocada! A frase era: “mães duram demais”! Desde então, tenho pensado no que ele quis dizer com estas palavras. Como não sei o que o levou a dizê-las ou em que situação ela foi dita, entrei em concordância com ele, preferindo entender que ele dizia de independência ou talvez, invasão em sua vida! Por esta razão comecei a pensar na maneira como os americanos e europeus criam seus filhos. Eles, verdadeiramente, só precisam de mães, quando pequenos ou em formação. Assim como o cordão umbilical nos separa deles no nascimento, o mesmo cordão da convivência diária deveria ser cortado na fase adulta. Evitaríamos as muitas leituras que são postadas, sobre ingratidão de filhos e esqueceríamos a autocomiseração que elas nos causam! A vida não foi para ser perpetuada ao lado de ninguém! Ilusão enorme pensar que, no reconhecimento do que fomos, estaremos no convívio próximo. Se se casam, então, a própria Palavra de Deus deixa explícito:
“ Deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua esposa tornando-se uma só carne!” Efésios 05:31
Assim como o filho disse à sua mãe, sobre a nossa duração, sei de outro que disse algo que considero de uma sabedoria incrível e que, neste dia me fez pensar, bastante: “vou cuidar de viver bem com o meu marido, pois os filhos crescem e se vão”!
Às vezes, somos aceitas neste compromisso assumido com a família que formaram, mas bom mesmo nos seria o recolhimento longe deles, pois já duramos muito tempo, entre eles! Você me acha amarga pelas minhas palavras? Não ache! Meus filhos vivem ao meu redor e não esquecem quem fui para eles, porém, sabem que não desejo e nem cobro nada. As mães sábias permanecerão independentes e à margem; as não tão sábias ficarão ali, lambendo suas crias que carregarão o peso de um dia ver a história invertida! Li e guardei que “é um fato conhecido que a dependência patológica causa grande impacto e sofrimento na vida das pessoas próximas, mas poucos percebem como a codependência é altamente prejudicial para ambas partes envolvidas. Ao invés de ajudar o dependente a melhorar, certos tipos de codependentes acabam reforçando o comportamento patológico”.
Busque a sua independência física, emocional e financeira longe de seus filhos! Ajude, se precisarem, mas não se imponha. Acredite; é melhor assim!
Regina.
Leiria, 03 de setembro de 2019.
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