O barro evidenciado.

O barro evidenciado.

O barro do qual fomos criados, evidencia a nossa insignificância e valor! Os sentimentos que externamos de nada valem, se internamente não reconhecermos a brevidade do ser! O dedo em riste é o agravamento infecundo com o qual vimos convivendo, nas jogadas de ego e necessidade de maquiar aquilo que somos.

Qual é a necessidade de impor nossa opinião? Qual é a razão, para gerarmos conflitos, alterando a voz, impondo ideias ou ideais? Se não for para caminhar em direção ao outro, acrescentando, melhor nos seria silenciar… Ou nos acautelamos ou perdemos a legitimidade perante ele.

Viver tem sido uma troca de golpes, uma medição de força silenciosa!Perdemos a naturalidade na relações! Não raro assistimos nos grupos que frequentamos o duelar de opiniões ou o descuido e desatenção à fala do outro que poderia implantar em nós, a mudança significativa que buscávamos. Numa medição de competências, a coerência se perde e a percepção do terreno minado surge! Deixamos de desejar a companhia do outro.

A paz que traz o prazer da convivência é gerada quando a maturidade nos indica o valor das pessoas. O barro literal que somos se reveste de luz e cria tendões, músculos, nervos, carne, movimento e beleza! E isto só acontece, quando a ausência de conflitos barra a necessidade de expor quem somos, sabemos ou podemos.

Regina.

Leiria, 10 de fevereiro de 2019.

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